O 25 de Abril de 1974, marco fundamental na história recente de Portugal, implantou o Estado de Direito, a Liberdade e a Democracia no país, que se passaria a reger-se pela Constituição da República publicada em 1976. A constituição é um conjunto de normas que regem um Estado (país) que pode ser ou não codificado como um documento escrito, que enumera e limita os poderes e funções de uma entidade política.
Essas regras formam, ou seja, constituem o que a entidade política é. (...) A Constituição da República Portuguesa de 1976 é aquela que ainda hoje se mantém em vigência. Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequência das primeiras eleições gerais livres no país, a 25 de Abril de 1975, no primeiro aniversário da Revolução dos Cravos. Entro em vigor no dia 25 de Abril de 1976. [Cunha: 20221
05H00 - Apesar da a esta hora já vários responsáveis militares e governamentais estarem ao corrente do Movimento militar é Silva Pais (Director da PIDE/DGS) que telefona ao Presidente do Conselho Marcelo Caetano informando: “Senhor Presidente, a Revolução está na rua! O caso é muito grave. Os revoltosos ocuparam já as principais emissoras de rádio e a Televisão e tomaram o Quartel General da Região Militar de Lisboa. Caçadores 5 está com eles” Pouco depois em novo telefonema Silva Pais recomenda: “É indispensável que V.Exa. saia de casa com a maior urgência. Vá para o quartel do Carmo que a GNR está fixe”.
15H10 - Seguindo as instruções do Posto de Comando da Pontinha, as forças lideradas pelo Capitão Salgueiro Maia dirigem-se para o Quartel-General da Guarda Nacional Republicana, no Largo do Carmo, onde se encontram refugiados o ditador Marcelo Caetano e alguns dos seus ministros. As ruas que conduzem àquele Largo são bloqueadas por viaturas militares.
15H25 - Esgotado o tempo concedido para a rendição do Quartel do Carmo, o Cap. Salgueiro Maia dá ordem ao Ten. Santos Silva para com as metralhadoras da torre da sua Chaimite, abrir fogo sobre a parte superior da frontaria do quartel. São disparadas várias rajadas estoirando vidraças da frontaria do edifício. [a25abril]
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Avenida da Liberdade |25 de Abril de 1976| Da Revolução dos Cravos de 1974 à Constituição da República Portuguesa de 1976. Chalber, in Lisboa de Antigamente |
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Andresenin O Nome das Coisas, 1974
Parabéns pelo registro histórico e maravilhoso desta época-
ReplyDeleteAdão Gonçalves
Uma figura que nunca esqueço é o Salgueiro Maia.
ReplyDeleteMuito Bom
ReplyDeleteGratos pelo apreço.
DeleteFotos que nos trazem grande saudade da vida interrompida abruptamente...
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