As artérias que cortam a Bica, transversalmente — diz Norberto de Araújo —, são esta Travessa do Cabral, a da Portuguesa, a da Laranjeira e a do Sequeiro, todas com a mesma perspectiva e balanço de nível, descendo por escadinhas das Chagas, encontrando o vale — onde corre o ascensor — e voltando a subir, sempre por escadinhas, à Rua do Marechal Saldanha.
O olisipógrafo Luís Pastor de Macedo refere que «O padre Carvalho da Costa, em 1712, lhe dá o nome de ‘travessa do Laranjeiro’ [«Corografia Portuguesa», vol. III, pp. 341] e assim lhe chama também, nos meados do século, o padre João Baptista de Castro [«Mapa de Portugal», vol. III, pp. 145].
Supomos porém, que se trata duma gralha tipográfica da ‘Corografia Portuguesa’, depois copiada, irreflectidamente pelo autor do ‘Mapa de Portugal’».
Travessa da Laranjeira |c. 196-| Vista tomada da Rua das Chagas. Artur Pastor, in Lisboa de Antigamente |
Também as memórias paroquiais referentes ao ano de 1755 mencionam na «Freguezia de Santa Catharina» a «traveça do Laranjeiro» e o «Beco do Siqueira» e mais tarde, nas plantas da remodelação paroquial de 1780, surgem «rua das Larangeiras» e «traveça do Siqueiro». Enquanto Travessa do Sequeiro surge no levantamento topográfico de Francisco Goullard de 1883.
Pastor de Macedo diz ainda que nesta artéria nasceu o jornalista Eduardo Fernandes, também conhecido como Esculápio, em 25 de Agosto de 1870.
Travessa da Laranjeira |c. 196-| Vista tomada da R. Marechal Saldanha, observando-se ao fundo o Palacete Viana. Artur Pastor, in Lisboa de Antigamente |
O chafariz, embora desactivado, ainda existe.
ReplyDeleteLindas fotos! E um sítio da minha infância. Aonde fui feliz e brinquei muito. Belas recordações...Elisabete Felix
ReplyDeleteBelíssima e maravilhosa cidade de Lisboa com seus encantos e em qualquer estação do ano
ReplyDeleteThat’s cool those old buildings are still there.
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