Sunday, 22 December 2024

Travessa da Laranjeira

As artérias que cortam a Bica, transversalmente — diz Norberto de Araújo —, são esta Travessa do Cabral, a da Portuguesa, a da Laranjeira e a do Sequeiro, todas com a mesma perspectiva e balanço de nível, descendo por escadinhas das Chagas, encontrando o vale — onde corre o ascensor — e voltando a subir, sempre por escadinhas, à Rua do Marechal Saldanha.

O olisipógrafo Luís Pastor de Macedo refere que «O padre Carvalho da Costa, em 1712, lhe dá o nome de ‘travessa do Laranjeiro’ [«Corografia Portuguesa», vol. III, pp. 341] e assim lhe chama também, nos meados do século, o padre João Baptista de Castro [«Mapa de Portugal», vol. III, pp. 145].
Supomos porém, que se trata duma gralha tipográfica da ‘Corografia Portuguesa’, depois copiada, irreflectidamente pelo autor do ‘Mapa de Portugal’».

Travessa da Laranjeira |c. 196-|
Vista tomada da Rua das Chagas.
Artur Pastor, in Lisboa de Antigamente

Também as memórias paroquiais referentes ao ano de 1755 mencionam na «Freguezia de Santa Catharina» a «traveça do Laranjeiro» e o «Beco do Siqueira» e mais tarde, nas plantas da remodelação paroquial de 1780, surgem «rua das Larangeiras» e «traveça do Siqueiro». Enquanto Travessa do Sequeiro surge no levantamento topográfico de Francisco Goullard de 1883.
Pastor de Macedo diz ainda que nesta artéria nasceu o jornalista Eduardo Fernandes, também conhecido como Esculápio, em 25 de Agosto de 1870.

Travessa da Laranjeira |c. 196-|
Vista tomada da R. Marechal Saldanha, observando-se ao fundo o Palacete Viana.
Artur Pastor, in Lisboa de Antigamente

4 comments:

  1. O chafariz, embora desactivado, ainda existe.

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  2. Lindas fotos! E um sítio da minha infância. Aonde fui feliz e brinquei muito. Belas recordações...Elisabete Felix

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  3. Belíssima e maravilhosa cidade de Lisboa com seus encantos e em qualquer estação do ano

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  4. That’s cool those old buildings are still there.

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