O olisipógrafo Luís Pastor de Macedo refere que esta artéria «É uma parte do antigo caminho que ia das Portas de Santa Catarina (Largo do Chiado) para Santos e Alcântara. Brandão na sua "Estatística de 1552" dá-lhe já o nome de rua do Loreto, os sacadores da derrama de 1565 designam-na por rua dr.tª q vay do loreto pª calçada do congro. O cura da Sé, em 1605, por rua direita fora da porta de Sª Cª, e os registos paroquiais da freguesia da Encarnação dão-lhe geralmente a denominação simples de rua Direita, algumas vezes, poucas, a de rua Direita do Loreto e só por acaso rua do Loreto, a não ser em grande parte do século passado e no actual [séculos XIX e XX], em que tanto uma como
outra das últimas denominações citadas, foram as únicas empregadas.
Rua do Loreto [c. 1910] Esquina com a Rua da Emenda Alfaiataria «A. Couto» e Chapelaria «Salão Ravasco» Alberto Carlos Lima, in Lisboa de Antigamente |
Depois do terremoto, isoladamente, deram-lhe também o nome de rua Larga do Loreto. Esta rua, antes da demolição dos célebres casebres do Loreto (ruínas do palacete dos Marialvas) e portanto antes de se ter feito a praça Luís de Camões, chegava pelo nascente até à rua Larga de S. Roque, hoje rua da Misericórdia.»
(MACEDO, Luís Pastor de, Lisboa de Lés a Lés, vol. III), 1942
Antigo palácio dos Marqueses de Marialva (Casebres do Loreto) [1859] Inscrição no original: fachada sobre o Largo das Duas Igrejas, actual Praça Luís de Camões e antigo Largo do Loreto; Rua do Loreto Desenho a de Júlio de Castilho, ,in Lisboa de Antigamente |
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