A razão porque se chama "da Alegria" não a sei — diz Norberto de Araújo — , nem creio que alguém a conheça. Matos Sequeira, que muito estudou (não se limitou a apontar) estes sítios, não nos diz algo; conjectura. Por o local ser ameno, lavado de ares, ridente por natureza? Eu lembro que as designações de sítios partiam quási sempre de lindas invocações religiosas, tal a "Glória", a "Estrêla". Ora eu adquiri, há anos, uma velha imagem de N. Srª da Alegria, e que bem pode corresponder a uma invocação pessoal, caprichosa, pois "Alegria" não consta dos oragos de qualquer região do país. Mas também pode suceder que a poética religiosa se comprazesse numa invocação, que não chegou até nós em documento vivo. A Alegria, pois, é posterior ao Terramoto. [...]
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XIV, p. 28, 1939)
Rua da Alegria [séc. XIX] A 1ª transversal é a Rua de Santo António da Glória; em cima, a Rua da Mãe de Água O topónimo Rua da Alegria foi atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa, através de Deliberação Camarária datada de 18/05/1889 e Edital de 08/06/1889, à antiga Rua Nova da Alegria. Fotógrafo não identificado, in AML |
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