Deve o seu nome à Paróquia de São Mamede que aqui se situava — recorda-nos Norberto de Araújo.
Depois do Terramoto este local ficou sendo conhecido por "monturos de S. Mamede" [...]
Este largo, fazendo parte da Rua de S. Mamede, e defronte do edifício Penafiel, foi construído com sua rotunda e cortina há relativamente pouco tempo — 1864 — pela Câmara Municipal com o auxilio financeiro do Conde de Penafiel, descendente dos antigos Correios Mores, de apelidos Gomes da Mata. Compreende-se, assim, a denominação Travessa da Mata (melhor seria "do” Mata) que sobe, pelo nossa esquerda, em cotovelo, desde o Largo até entroncar na Calçada do Conde de Penafiel. O letreiro pomposo desta artéria foi mandado fazer pelo próprio Conde em 1867.
Observa daqui aquele renque de casitas modestas, defendidas da Calçada por cortina de ferro — antigo pátio do Lindim [ou Landim] — , e que oferecem certo pitoresco. Debruçam-se, jeitosamente, sobre a serventia em curva; tal como aquela outra casa pequenina, na Travessa da Mata, pitoresca pela lei dos contrastes, estão certamente condenadas a desaparecer.==
Nota(s): Em meados do séc. XX foi colocado neste Largo o pano de fachada do antigo Chafariz das Mouras.
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Bibliografia
ARAUJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. II, pp. 23-24, 1938.
ARAUJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. II, pp. 23-24, 1938.
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