Esta Brasileira, n.°' 51 a 53, foi fundada em 1911; antes existira aqui uma chapelaria, que datava de 1820. A Brasileira, cujas tradições são apenas aquelas ligadas à agitação política dos últimos trinta anos, foi restaurada em 1938 pelo arquitecto José Simões. O estabelecimento possue salas de bilhar no primeiro e segundo andar do prédio, com porta de entrada pelo n.° 43[?] [n.º 78 da Rua Primeiro de Dezembro].
Ainda em 1911 — depois dos tumultos da noite de 26 de Novembro — a montra da Brasileira do Rossio foi atingida por tiros aquando da expulsão de
duas curandeiras chinesas, Ajus e Joé, as «Chinezas Milagrosas»,
dizia-se, praticavam milagres que consistiam em extrair "uns bichos dos
olhos"
A «Brasileira do Rossio» passaria por várias reparações mantendo-se
contudo, o seu aspecto de 1900 da fachada e do salão principal. Em
1938 teve intervenção significativa, com a criação de uma sala de
bilhares com entrada pela Rua Primeiro De Dezembro, 78 (antiga do Príncipe), sendo o projecto
do Arquitecto José Simões. «A Brasileira do Rossio» (na altura
propriedade da firma Cafés Reunidos), encerraria em 1960. Reabertura temporária, com o tecto original alterado, durante alguns meses de 1966.
Brasileira do Rossio [1944] Praça de D. Pedro IV, 51 a 53 Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. XII, p. 71. 1939.
No comments:
Post a Comment