Esta Cabeça — ou Cabeço — diz Norberto de Araújo —, é desde há muito o alto da Penha de França [...]
O Alto da Penha de França, nem por estar afastado da cidade central, e em absoluto fora do trânsito normal, deixa de ser um sítio lisboeta puro, com ressonância evocativa, e sempre presente aos olhos da Lisboa debruçada para lá do vale natural da Avenida de Almirante Reis. Aí temos o edifício da Igreja.
Não te posso poupar às duas palavras da nossa costumada regressão histórica. A primitiva Ermida da Penha de França, neste lugar, data de 1597, e foi seu fundador um escultor de imagens António Simões, que julgando-se perdido nas plagas de Alcácer Quibir fez voto de fabricar umas tantas imagens de Nossa Senhora e de lhes dar condigno destino se voltasse à Pátria. À última imagem saída da sua oficina chamou «Senhora da Penha de França» — invocação castelhana de um santuário em Salamanca —, imagem que esteve primeiramente na Ermida da Vitória, na Caldeiraria (Igreja da Vitória, na Baixa actual).
Alto da Penha de França — a Cabeça de Alperche [c. 1900] Ermida da Penha de França Artur Bárcia, in Lisboa de Antigamente |
Depois, alcançando neste sitio — a Cabeça de AIperche — a cedência de uns terrenos que eram de Afonso Tôrres de Magalhãis, aqui fez construir a Ermida (e nasceu a lenda do lagarto da Penha), sendo a imagem transferida para o seu santuário naquele ano de 1597, ainda o pequenino templo não estava concluído, o que só sucedeu em 1598. A primeira Irmandade foi a dos «Fidalgos Marítimos»; a devoção cresceu rapidamente, passando esta Cabeça de Alperche a ser uma atracção devota de Lisboa, com seu aspecto de romarias domingueiras, pois o sitio a isso se prestava.
Alto da Penha de França — a Cabeça de Alperche [c. 1900] Ermida da Penha de França; Caracol da Penha, actual Rua Marques da Silva. Do lado do O., mostra o monte a sua maior altura, com um declive muito íngreme, por onde antigamente subia o tortuoso caminho, denominado Caracol da Penha de França, que hoje está substituído por uma sofrível estrada orlada de árvores e iluminada a gás. [Leal: 1876] Artur Bárcia, in Lisboa de Antigamente | |
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, vol. VIII, pp. 16-17, 1938.
Hello, i think that i saw you visited my weblog so i came to “return the favor”.I
ReplyDeleteam trying to find things to enhance my web site!I suppose its ok to use some of
your ideas!!
Thanks for a marvelous posting! I quite enjoyed reading
ReplyDeleteit, you can be a great author. I will make certain to bookmark your
blog and definitely will come back sometime soon. I want to encourage you to definitely continue your great writing, have a nice
holiday weekend!
Hello, i read your blog from time to time and i own a
ReplyDeletesimilar one and i was just wondering if you get a lot of spam remarks?
If so how do you protect against it, any plugin or
anything you can advise? I get so much lately it's driving me insane so any support is very
much appreciated.