Conforme refere Norberto Araújo, nas suas «Peregrinações em Lisboa», «só os dísticos municipais e os letreiros dos eléctricos dizem Praça do Brasil; título pomposo com o qual a República portuguesa nascente em 1910 quis consagrar a República irmã mais velha de Além Atlântico».
O nome desta zona tem origem na alcunha que popularizou o esquecido patrono do Convento Trino, que domina o largo, e até finais do século XIX o único edifício de características nobres fundado em 1621 por Manuel Gomes de Elvas, influente cristão-novo de Lisboa. Depois da sua morte continuou a ser apadrinhado pelos seus descendentes, um deles, Luís Gomes de Sá e Meneses, tinha por alcunha “o Rato”, alcunha que se apegou ao convento e estendeu-se ao largo fronteiro.
«Desce a Rua das Amoreiras, deserta. Ao entrar no Rato é como se entrasse noutra cidade, noutro dia. Todas as pessoas e veículos que não estavam nas ruas vazias estão aqui, num mar de cabeças onde flutuam os carros parados, eléctricos, autocarros. Centenas, milhares de pessoas, a andar para todos os lados e paradas a conversar, numa azáfama de feira». (NOGUEIRA: 2012)
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Largo do Rato |194-| Perpectiva tomada da Rua das Amoreiras. Armando Serôdio, in Lisboa de Antigamente |
Muito linda esta cidade, vivi aqui durante 6 anos e gostei muito, esta cidade vive tanto de dia como de noite uma maravilha, saudades desse tempo. Carla
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