Sunday, 30 March 2025

Rua do Cais de Santarém

Caes de Santarém (Rua do) Principia no largo do Terreiro do Trigo e finda no Campo das Cebolas. Freguesia de Santa Maria Maior. Já o Pe. Castro lhe dá esta denominação. Map. de Port. pág. 459, ed. de 1758. O caes de Santarém era o destinado para a descarga dos barcos que vinham da vila de Santarém. Note-se que no Livro das Plantas [das Freguesias de Lisboa por Monteiro de Carvalho] encontramos rua e travessa do Caes, na freguesia de S. Julião; rua do caes dos remolares na mesma freguesia e na freguesia de Santa Engrácia a rua do Caes do Carvão. Também havia os caes da fundição e de S. Paulo. [BRITO: 1935]

Rua do Cais de Santarém, 10, junto ao Chafariz de El-Rei |1929-08|
Os dois edifícios à direita (revestidos a azulejo) faziam parte da antiga propriedade e Palácio do Conde de Vila-Flor. Logo a seguir (edifício de dois pisos) a antiga propriedade e Palácio do Conde de Coculim. Ao fundo à esq. vislumbra-se o edifício da antiga Cozinha Económicas Nº 5 [vd. imagem abaixo], criada em 1897, na Ribeira Velha (Soc. Protectora das Cozinhas Económicas), conhecidas como «Sopa do Sidónio».
Fotógrafo: não identificado, in Lisboa de Antigamente
Nota(s): O abandalhado amL identifica (erradamente) o local como, Rua dos Bacalhoeiros ou Rua Jardim do Tabaco. Mais uma fotografia que deve ter sido classificada depois do almoço.
Legenda: Cortejo fúnebre de Dom António Mendes Belo (1842-1929), 13º cardeal-patriarca de Lisboa

As ruas da Alfândega e dos Bacalhoeiros — diz o Guia de Portugal — vêm siar ao Campo das Cebolas, adiante do qual se estende a rua do Cais de Santarém, ambos conhecidos, antes do terramoto grande, pelo nome de rua Direita da Ribeira.
Toda esta porção da margem, desde o Campo das Cebolas à Misericórdia, era nesse tempo a Praça da Ribeira, onde se fazia a venda de numerosos géneros. Ainda hoje se dá ao Cais de Santarém o nome de Ribeira Velha, Aí se ergueu durante muitos anos a forca e se fizeram as últimas execuções que houve em Portugal. 

Rua do Cais de Santarém |1953-06|
Edifício da  Cozinha Económicas Nº 5 criada em 1897, na então Ribeira Velha (Soc. Protectora das Cozinhas Económicas), conhecidas como «Sopa do Sidónio». À esq. nota-se o portal seiscentista do velho Palácio Coculim.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
BRITO, Gomes de) Ruas de Lisboa. Notas para a história das vias públicas, 1935.
Guia de Portugal: Generalidades. Lisboa e arredores, p. 301, 1924.

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