Por decreto de Setembro de 1852 a cidade passaria a ser circundada por muro alto e contínuo, feito propositadamente, até junto ao rio, tendo por únicas passagens, portões de ferro. Chamava-se Estr. de Circunvalação e para efeitos aduaneiros estava guardada pela Guarda Fiscal.
A estrada passava pelo Arco do Carvalhão (Arco pertencente às Aguas Livres) Rua D. Carlos de Mascarenhas — Rua Marquês de Fronteira — actual Avenida Duque de Ávila — Rua Visconde de Santarém — Largo do Leão — Rua Carrilho — Rua Morais Soares — Alto de S. João — Avenida Afonso III (sendo novo o último troço, evitando-se a Calçada das Lajes) Xabregas.
Rua Marquês de Fronteira |1927| Antiga Estrada da Circunvalação Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente Legenda da foto no arquivo: «O carro celular com o preso (José Júlio da Costa), a caminho da Penitenciária de Lisboa» |
A artéria perpetua a memória de D. José Trazimundo Mascarenhas Barreto (180 –1881), 8º conde da Torre, 5º marquês de Alorna e 7º marquês da Fronteira. Após a Vilafrancada viveu exilado para depois fazer toda a campanha das lutas liberais, tendo-se reformado no posto de marechal-de-campo. Foi também governador civil de Lisboa (1846-1851), par do reino e deixou 5 volumes das suas «Memórias do Marquês da Fronteira e Alorna».
Eléctricos na Rua Marquês de Fronteira |1960| Dístico de 1903. Paragem junto a Rua de Campolide. Arnaldo Madureira, in Lisboa de Antigamente |
Ainda era quase um deserto à data da 1ª fotografia. Começou a povoar-se mais densamente por volta de 1930s. Continuação de excelente trabalho.
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