O jornal diário A Capital:Diário Republicano da Noite, na sua edição de 29 de Junho de 1916, dedicava um longo artigo às mais antigas e tradicionais lojas da Baixa, mais precisamente aquelas situadas na Rua Áurea, vulgo do Ouro. Sobre a história do estabelecimento denominado Papelaria Palhares — e respeitando a grafia da época — o texto rezava assim:
A Papelaria Palhares [fund. 1889?] é das mais antigas casas da especialidade existentes em Lisboa. A sua reputação vem de longa data e pol-a em relevo é prestar justiça a um dos melhores estabelecimentos da Rua do Ouro, onde tem os n.ºs 141 e 143.A Papelaria Palhares reformou há pouco ainda todas as suas installações modernisando-se por completo. O «Almanach Palhares» deu a esta casa bastante voga, e entre os artigos que ahli se encontram figuram os seus papéis de phantasia, magnificos «bibelots», artigos de pintura, etc. Entre os artigos mandados fabricar exclusivamente pelo sr. Antonio Palhares figura o papel para cartas denominado — Rainha D. Amélia — que é um verdadeiro primor.
Papelaria Palhares |c. 1910| Rua Áurea, 141-143 Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente |
N.B. O Almanach Palhares «do commercio, industria, agricultura, sciencias, artes e literatura. Muito noticioso e de utilidades praticas. Illustrado com mais de oitocentas gravuras», foi fundado em 1889 pelo chefe da policia civil A. Morgado e pelo industrial Palhares, estabelecido com papelaria e tipografia Rua do Ouro, 139.
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