Foi em fins de Dezembro — noticiava, em 1911, a Ilustração Portuguesa — que o sr. J. Peixinho, bem conhecido e antigo florista
da Rua do Carmo, [49], inaugurou o Jardim de Lisboa, na Rua Garrett, [66]-68, um
esplendido estabelecimento de completa novidade e mais um atractivo da
nossa capital.
Para ser mundano, para ser galante, para ser cavaqueador, para ser político, romântico, ou estroina — o Chiado tem as suas livrarias, as suas casas de novidades, as suas tabacarias, os seus cafés, as lojas de moda, os doceiros e os floristas. [Araújo, 1943]
Jardim de Lisboa de J. Peixinho & Filhos, Floristas |ant. 1911| Rua do Carmo, 49 Joshua Benoliel, in Lisboa de Antigamente. |
Em perfumes, sedas, veludos, rendas e flores, foi sempre o Chiado
que deu mostras do melhor gosto e da mais fina escolha. Os produtos fabricados, com requintes de arte, e as substâncias da natureza, tratadas com todo o carinho, pelos mais sabedores, mereciam a primeira fila das tentações da mulher. Os perfumes da Bénard e do Robert (da Rua Nova da Trindade), tinham prestígio e chegavam longe.
Distinguindo a floricultura artificial, saída das mãos de artistas, há
que exaltar o português Constantino José Marques, que obteve em Paris o título de «Rei dos Floristas». As suas prodigiosas flores, tão finamente imitadas do natural, vinham de longe para decorar as principais montras do Chiado. Tornaram-se moda as «flores constantinas».
Jardim de Lisboa de J. Peixinho & Filhos, Floristas |post. 1911| Rua Garrett, 66-68; à esq. nota-se a montra da Pastelaria Marques Alberto Carlos Lima, in Lisboa de Antigamente |
Bibliografia
COSTA, Mário, O Chiado pitoresco e elegante, p. 252, 1987.
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