Sunday, 26 October 2025

Rua Andrade Corvo, 15: Garage Parisiense

Note-se que por esta altura - início séc. XX - esta nova via mais não era do que um beco sem saída pois ainda não se encontrava completamente rasgada, nomeadamente junto à Av. Duque de Loulé, como, aliás, se pode ver ao fundo na 1ª imagem.

Pelo edital da CML de 29 de Novembro de 1902, esta nova serventia, sita entre a Avenida Duque de Loulé e a Rua Viriato (antiga Barros Gomes), passou a ter a denominação de Rua Andrade Corvo.

Rua Andrade Corvo, 15 na direcção da Avenida Duque de Loulé |c. 1911|
Entrada da Garage Parisiense.
Recorde-se que o primeiro veículo automóvel a circular em Portugal foi um Panhard & Levassor, trazido de Paris pelo Conde D. Jorge de Avillez em 1895.
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente
Legenda no arquivo: «Um dos primeiros automóveis a circular em Lisboa, à entrada da "Garagem Parisiense"
Rua Andrade Corvo, 15 na direcção da Avenida Fontes Pereira de Melo |c. 1911|
Entrada da Garage Parisiense junto ao cruzamento com a R. Sousa Martins; ao fundo, à dir., a seguir aos omnipresentes tapumes lisbonenses, vislumbra-se o Palacete da Avenida Fontes Pereira de Melo, 28Sede do Metropolitano de Lisboa.
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente
Legenda no arquivo: «Um dos primeiros automóveis a circular em Lisboa, à entrada da "Garagem Parisiense"

N.B. João de Andrade Corvo (1824-1890), filho de um miguelista convicto, formou-se liberal depois de observar as convulsões das lutas entre os dois partidos. Estudou medicina, matemática e ciências naturais. Foi coronel de engenharia e lente da Escola Politécnica e do Instituto Agrícola. Na política estava próximo do Partido Regenerador e foi membro do governo, deputado e par do reino. Para além de político, foi também dramaturgo e romancista.

Rua Andrade Corvo, 15: «Garage Parisiense» |início séc. XX|
 Recolha de automóveis, venda de gasolina e, aos melhores preços do mercado, de óleos, pneus e acessórios, propriedade da firma “Vaquinhas & Cª".
Nota(s): A palavra "automóvel" surgiu na França em 1875 e vem do grego autos, que significa "por si só" e do latim mobilis, que quer dizer "móvel".
Alberto Carlos Lima, in Lisboa de Antigamente

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