O «Bairro Azul» constitui um conjunto arquitectónico que se reveste de uma homogeneidade ímpar, datado da década de 30 do Século XX com prédios dotados de esquerdo-direito ao gosto «Art Déco» e burguês, destinado a servir uma classe média que culminaria a sua ascensão no período salazarista, e que se procurava rodear de algum luxo e dignidade. O ângulo estranho do plano do bairro resultava do desenho de Cristino da Silva para uma vasta urbanização inicial que, cerca de 1930, deveria ter sido o remate do prolongamento da Avenida da Liberdade. Devia apresentar-se com arruamentos em simetria, nos dois lados do Parque Eduardo VII. Contudo, o bairro ficou isolado, pois o restante projecto não se realizou, repetindo-se a vocação lisboeta para os tecidos incompletos e para a justaposição de bairros de origens diversas, característicos do início do Séc. XX. Trata-se, ainda assim, de um projecto e de uma ideia subjacente de Cidade. Apresenta-se com uma hierarquia estabelecida e está dotado de aparatosos pórticos de entrada no Bairro.
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