Friday 20 July 2018

Chafariz (do Largo) do Rio Seco

Construído em 1821, conjuntamente com o Chafariz da Junqueira e em ambos se gastaram 40.527$236 réis. Tinha junto um bom tanque de lavadeiras com quarenta palmos em quadrado e dois palmos e meio de alto. A sua nascente era numa pedreira próxima. Esta nascente secava sempre no mês de Junho até às primeiras chuvas. Depois rebentava de novo, mas a sua água trazia muito lixo, palha e estrume durante dois ou três dias e depois ficava muito limpa e cristalina até o mês de Junho seguinte.

Sítio do Rio Seco [190-]
Ao centro observa-se o chafariz. tanque de lavadeiras e o leito do Rio Seco. Pouco depois o rio foi aterrado para arruamentos — actualmente Rua Dom João de Castro e Rua e Largo do Rio Seco. 
Paulo Guedes, in Lisboa de Antigamente 
Chafariz do Rio Seco [1953]
Largo do Rio Seco
Fernando Martinez Pozal, in Lisboa de Antigamente 

O topónimo Rio Seco deriva de o local ter sido em tempos um rio, como se pode ler neste artigo publicado em 1945 no boletim do Grupo «Amigos de Lisboa»: [...] Vamos encontrar para além do Juncal [Junqueira] uma ponte sob a qual deslizava lentamente  um ribeiro e que desaguava no Tejo. Essa ponte ligava o sitio de Belém com o de Alcântara ou antes Santo Amaro. O rio, com o andar do tempo, secou, daí o nome ao sitio de Rio Sêco
Este rio, que hoje está desde certo ponto transformado num simples cano abobadado, vem da Serra do Monsanto, atravessa a Calçada da Boa-Hora, segue depois entre os muros das quintas do Almargem e de Diogo de Mendonça Côrte Real (modernamente denominada das Águias ou da Condessa da Junqueira), atravessa, por baixo a rua da Junqueira e a Cordoaria, e vai, por fim, desaguar no Tejo.==

Largo do Rio Seco [1939]
Perspectiva tomada da Rua Aliança Operária
Ao fundo à esq., o Palácio da Ajuda; ao centro, a torre sineira da Capela de Nossa Senhora da Ajuda/Torre do Galo.
Eduardo Portugal, in Lisboa de Antigamente 
Lavadouro do Rio Seco [196-]
Largo do Rio Seco
Vasco Gouveia de Figueiredo, in Lisboa de Antigamente

Bibliografia
ANDRADE, José Sérgio Velloso de, Memoria sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, 1851.
Olisipo: boletim do Grupo «Amigos de Lisboa», 1945.

3 comments:

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