Friday 6 November 2015

Lojas de Antanho: Rua da Prata, 261

O plano de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755, aprovado pelo Marquês de Pombal, apresentava uma rede de ruas longitudinais e transversais, cortadas em ângulos rectos, com importância diferente que é traduzida pela largura das suas ruas e passeios.

Casa das Manteigas, Rua da Prata, 261 [1910]
Antiga  Rua Bela da Rainha

Joshua Benoliel, 
in Lisboa de Antigamente

Mas Pombal quis ainda prestar homenagem à família real, fazendo baptizar quatro ruas do novo bairro; a Rua Nova d'El-Rei — hoje Rua do Comércio, a Rua Bela da Rainha hoje Rua da Prata, a Rua Nova da Princesa — hoje Rua dos Fanqueiros e a Rua do Príncipe, paralela ao Rossio — hoje Rua Primeiro de Dezembro. À terceira rua principal, mais chegada ao lado do nascer do Sol, chamar-se-ia Rua Bela da Rainha. Não que a Rainha fosse particularmente bela. Mas uma rainha é sempre um obstáculo incontornável mexerico do Paço e nas tramóias do governo, e é bom que tenha rua de nome, para boas graças próximas e distantes do ministro.
Em breve, porém, estas ruas (as três primeiras) receberam outros nomes, segundo os ofícios que nelas se exerciam — capelistas, ourives de prata e fanqueiros. (FRANÇA, José Augusto, Lisboa pombalina e o Iluminismo, 1987, p.117)
 

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