Monday 19 October 2015

Praça de Londres na bifurcação das avenidas Guerra Junqueiro e Manuel da Maia

Manuel da Maia, engenheiro militar, deixou um vasto legado para a história da arquitectura portuguesa mas pouco se sabe sobre a sua vida além da obra feita. Nem sequer se conhece o dia em que nasceu, o local de nascimento ou os nomes dos pais. E muito menos é lembrado pelo seu feito mais heróico. Se hoje os arquivos da Torre do Tombo estão intactos muito se deve ao seu guarda-mor. Pouco depois das nove da manhã de 1 de Novembro de 1755, Lisboa sucumbiu ao terramoto e ao maremoto. Enquanto a população fugia apavorada das explosões e dos múltiplos incêndios, Manuel da Maia, deixou a sua casa a arder e correu até ao topo do Castelo de São Jorge, onde estavam as instalações do Arquivo Real.

Panorâmica tirada da Praça de Londres na bifurcação da Avenida Guerra Junqueiro com a Avenida Manuel da Maia |1953|
António Passaporte, iin Lisboa de Antigamente

Tinha 75 anos, mas esqueceu-se das dores da idade e enfrentou as chamas para retirar os documentos. A coragem serviu de exemplo a empregados e populares, que, sob o seu comando, acabaram por resgatar todo o recheio, um património acumulado de 1161 a 1696 na torre do castelo. Os quase 90 mil documentos originais, reunidos em 526 calhamaços, ficaram armazenados num barracão improvisado próximo do castelo. (in ionline)
 
Avenida Manuel da Maia |1953|
António Passaporte, in Lisboa de Antigamente

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