Wednesday 24 June 2015

Parque Mayer: — Vai um tirinho, freguês?!

Barraca de tiro ao alvo no Parque Mayer


Situado junto à Avenida da Liberdade, do lado ocidental, entre a Rua do Salitre e a Praça da Alegria, este recinto viveu o seu apogeu entre as décadas de 30 e de 70 do séc. XX. Começou por funcionar com divertimentos como barracas «dos tirinhos», carrinhos de choque, carrosséis de feira, “roleta diabólica” e a "cadeira eléctrica", atracções várias, como o circo do El Dorado, e combates de boxe e luta-livre.
Deste modo, o Parque Mayer rapidamente se tornou um recinto de convívio e de feira ao ar livre, onde não faltavam restaurantes, bares, cabarets, retiros e tascas, atraindo um público aficionado. 

Barraca de tiro ao alvo no Parque Mayer |c. 1940|
Ferreira da Cunha, 
in Lisboa de Antigamente

Uma noite encontram-se na Avenida e foram ate ao Parque Mayer em amena conversa. Deambularam pelo recinto. Pararam junto das barracas de tiro ao alvo, distraídos com a exuberância de gestos e de palavras com que as empregadas disputavam umas às outras a atenção dos possíveis atiradores, dos frequentadores ociosos, em busca de emoções baratas. [Crespo: 1971]

Barraca de tiro ao alvo no Parque Mayer |1943-05|
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

Em 1932, por sugestão de Leitão de Barros, realizou-se aí o primeiro desfile de grupos representantes dos bairros lisboetas que, posteriormente, dará origem às Marchas Populares.

Barraca de tiro ao alvo no Parque Mayer |1930-05|
Fotógrafo não identificado, in Lisboa de Antigamente

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